sexta-feira, 12 de julho de 2013

Em Unidade de Amor

Certa vez parei pra pensar: Vai chegar um dia em que entenderei perfeitamente a Santíssima Trindade? Como podem três ser Um? Como podem se tornar nessa Unidade?

Santo Agostinho, nosso Doutor, dizia que era mais fácil botarmos o oceano inteiro dentro de uma pequena concha, do que entender a Trindade.

Então, cheio de dúvidas na cabeça observei: Ao lado de onde estou, na rua Nereu Ramos vejo uma obra. Parece que vai ser um prédio, daqueles bem grandes! Gente por todo lado: mestre de obras, engenheiros, arquitetos, pedreiros, trabalhadores em unidade por um só ideal: a construção do prédio. Entretanto, este -futuro- prédio precisou de algo, mais especificamente de uma pedra.

No website wikipedia consta: "A pedra angular, ou fundação de pedra, é a primeira pedra na construção pois todas as outras pedras serão definidas em referência a essa pedra, determinando assim a posição de toda a estrutura."

Jesus, o mesmo que deu as chaves de sua Igreja que é edificada até hoje para o apóstolo Pedro, é a pedra angular de nossa Igreja. É o sustento para nossa estrutura. É a referência para os que nEle crêem. É o início. Além de ser ômega (a percepção do 'fim': no 'fim' da vida iremos para Ele...), é também alfa (o ínicio: viemos dEle).

“Como pedras vivas, convergimos para Ele e nele nos apoiamos; deste modo, existe entre nós uma harmonia e uma maravilhosa firmeza.”
(Mons. Jonas Abib - Renovação Carismática Católica)

E, o que nos marca, são as experiências que temos com essa verdadeira rocha que é Jesus Cristo em nossas vidas. Como esquecer daquele retiro, tão especial? E aquela confissão, que tirou um grande peso de nossas costas? E aquela música que tanto nos marcou e marca, basta escutarmos os primeiros acordes?

A vida na fé é algo benéfico mas ao mesmo tempo complicado. A rotina do dia-a-dia, o "vale de lágrimas" construído por nossa humanidade pecadora podem nos fazer esquecer desta Unidade que é trazida através de Cristo.

Buscar a Cristo, através de nossa Igreja Católica (para todos) Apostólica (levada através dos apóstolos) e Romana (com sede no Vaticano, e apoiada em Francisco) é buscar o Amor, buscar a Unidade.

“A religião depressiva 'já era', pois Deus não veio para reprimir os homens e sim salvar; o Emaús não veio segregar: veio congregar”
(Mons. Urbano Zilles - Movimento de Emaús)

Por fim, peço que lembrem de três situações evangélicas: imaginemos a hemorrágica (Mt 9:2-22), o cego Bartimeu (Mt 2:29-34) e o centurião romano (Lc 7: 1-10). Poderiam ter se estagnado no amor, poderiam ter se estagnado na fé: mas não. São hoje exemplos e parte de nossa vida pois tiveram uma diferença: buscaram o Amor.

Notemos também, buscaram o Amor de formas diferentes. A hemorrágica, por exemplo, estava em uma situação em que não aguentava mais! Já haviam se passado doze anos desde que o fluxo de sangue tinha começado. Estava fraca. No momento, usou todas as forças que tinha para ir ao encontro de Cristo: e o tocou. Já o cego Bartimeu não acharia Jesus com essa facilidade, pois o seu mundo era uma escuridão. Então usou suas cordas vocais para chegar até Ele. Deve ter gritado muito alto, para que fosse perecbido no meio da multidão. O centurião, por compaixão, não queria a cura pra si, e sim para um servo muito querido. Quis poupar o Cristo que tanto andava pra lá e pra cá: "Não mereço que entres em minha residência. Diga uma só palavra, meu caro Nazareno! Isso basta!".

“Deus não se conforma com a estabilidade no nível atingido, com o descanso naquilo que já se tem. Deus exige continuamente mais e mais, e seus caminhos não são os nossos caminhos humanos”
(São Josemaría Escrivá - Opus Dei)

A hemorrágica procurou o Cristo Amigo. O cego, o Cristo Atencioso. Já o centurião, o Cristo do Amor. Diversos carismas, para um mesmo Cristo. Diversos jeitos, para um objetivo em comum. Diferentes pedreiros e funções, para a construção de um só edifício.

Acredito que este seja o segredo da Unidade em Cristo: buscá-la sempre em amor e respeitando a diversidade de carismas que temos a graça de ter, pois “onde reina o Amor, Deus ali está”.


Um excelente fim de semana!

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