quarta-feira, 11 de julho de 2012

Pescadores de Homens

Em Mc (1:16-20) observamos uma das minhas partes preferidas da Bíblia. Junto ao mar da Galiléia, Jesus vê Simão Pedro e André lançando suas redes ao mar, já que eram pescadores.

A pesca, na época, era bastante comum e os trabalhadores pescavam por conta própria ou até possuíam uma família de pescadores, e assim era com Simão Pedro e André.

Até que Cristo se aproxima e fala: “Vinde comigo e eu os farei pescadores de homens”


Imaginem só como foi para aqueles homens simples! Cristo, com sua doçura, falando que seriam pescadores de homens, se assim quisessem!

Muitos séculos depois, podemos analisar: Será que fizeram uma “reunião” mais a noite para decidirem em casa se O seguiriam? Será que hesitaram? Notamos nos Evangelhos seguintes que não. Simplesmente deixaram o que tinham, e resolveram O seguir. Observamos a renúncia desses simples pescadores!

Mas será mesmo que O Filho de Deus escolheu-os por ‘sorte’? Acredito que não. Observemos dois simples fatos:

1. Por causa de seu trabalho, eles deveriam estar acostumados a mudanças: climáticas e ambientais;

Pessoas dispostas a mudanças! Dispostas a mudar por um bem maior. Se mudam a direção do barco, mudam o local de pesca, mudam a maneira de pescar diante de algum imprevisto.  Eram homens que estavam acostumados com a mudança. E mudaram suas vidas por aquele Cara que os chamou naquele dia único e especial.

2. Se eram pescadores esses homens deveriam saber bem a arte da pesca, conhecer cada tipo de peixe.

Ou seja, homens simples mas que sabiam de uma coisa essencial! Assim como os peixes e suas características, cada pessoa é única, cada um tem seu jeito, seus costumes, suas crenças, suas opiniões.

“O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie.”

(Mt 13:47)

Portanto, Simão Pedro e André além de tratar com peixes saberiam tratar com gente!

Assim é com nossa vida. Estando amando cada vez mais esse Cristo, será que Ele, hoje, em 2012 não nos fala: “Meus queridos, quero que vocês sejam pescadores de homens”? Será que nossos dons, nossa vida, nossas alegrias, nosso amor nos basta? Como estamos agradecendo o que Ele nos deu até hoje?

A partir do momento em que O conhecemos, nos tornamos pescadores de homens! Cristo não quer que sejamos acomodados, e sim que saiamos e deixemos tudo para O seguir e virarmos verdadeiros pescadores de homens. O que seria da nossa Igreja se São Paulo tivesse desistido de bendizer o Senhor e assim fazer a conversão das pessoas?

Impossível não nos lembrar, ao ler esse lindo Evangelho, dos nossos afilhados em Emaús.

Dois retiros de Emaús, do Secretariado de Florianópolis, se aproximam. Lembre daquela amiga, daquele amigo que há tanto tempo não falamos! Daquele vizinho ou vizinha. Daquele primo, daquele familiar... Imaginem por um instante que você pode ser Cristo pra eles, fazendo o convite para o retiro! O máximo, em caso de recusa, que ouviremos é um ‘não’. E o máximo, meus amigos, em caso de aceitação, que ouviremos na missa de chegada em algum domingo deste ano é um verdadeiro e carinhoso: ‘muito obrigado’.

“Converte-te agora, quando ainda te sentes jovem... Como é difícil retificar quando a alma envelheceu!”
(São Josemaría Escrivá)

Há um certo tempo, em uma entrevista para um retiro de Emaús, entrevistaram um menino de outra religião. Se era um adepto convicto das verdades da sua religião, não temos como saber. O que se sabe é que esse menino, esse jovem, ao ser indagado sobre sua religião e sua vontade de subir para aquele retiro da Igreja Católica que envolveria valores humanos e cristãos falou algo muito marcante para seu entrevistador: “Você vai me impedir de ver Deus?”.

Pessoal, estamos sendo pescadores de homens através de nossas atitudes? Ou estamos nos escondendo? Estamos levando as pessoas para conhecer esse Cristo que amamos tanto ou estamos impedindo-os de ver Deus?

O retiro de Emaús depende de nós, mesmo os que não irão trabalhar! Deus conta conosco para essa linda missão.

“Basta uma pequena graça para transformar uma alma por inteiro”
 (Santa Tereza D’ávila)

Padre Roque Schneider nos dá uma linda visão disso. Que ao chegarmos nas respectivas Missas de chegada tenhamos certeza que Cristo estará de braços abertos agradecendo: Parabéns e obrigado meu amigo. Meu nascimento não caiu no vazio, não se perdeu na seqüência dos séculos. Nasço e renasço constantemente na gruta do seu coração amigo, luminoso, acolhedor”.



Um excelente resto de semana!

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