sexta-feira, 15 de junho de 2012

Abelha Fazendo Mel e o Ideal de Nossas Vidas


Quantas reflexões se pode tirar de uma música?

Ainda mais daquela música que é especial, única.

Aquela música que -não importa onde estivermos- lembramos daquele momento, daquela pessoa, daquele lugar que nunca mais vai voltar!

Hoje vamos a fundo em uma parte da música “Amor de Índio” do ano de 1978 no segundo LP de Beto Guedes, lindamente interpretada por Milton Nascimento.

“Tudo que move é sagrado e remove as montanhas com todo cuidado, meu amor [...]

Abelha fazendo o mel vale o tempo que não voou”
(Beto Guedes)

Todos aqui sabem que as abelhas se alimentam de mel e pra isso têm que produzi-los em grande quantidade para sobrevivência no inverno.

O que será que o poeta quis dizer com a frase da canção? Por que o tempo que a abelha não voou?

Se pararmos pra pensar essa simples abelha nos dá lições de vida! Ela sabe o que precisa pra sobreviver! Ela sabe que depende daquela flor pra produzir o mel!

O que há de mais sagrado para a abelha é produzir o mel. Ela tem pouco mais de um mês de vida, para que perder tempo com outras coisas?

Ela vive, então, o tempo do cuidado: a abelha só é aquilo que ela precisa ser. Ela tem um objetivo, um foco, um ideal!

“Meu maior desejo é que vocês tornem Jesus Cristo o ideal de suas vidas”
(Monsenhor Bianchini)

Quantas lições essa abelha nos passa! Quantas coisas ela podia estar fazendo, procurando, perdendo tempo e ela sempre procura o doce do mel pra tocar a sua vida e a vida das outras abelhas que a cercam!

A abelha, então, não perde tempo com o vôo. O mel que ela consegue produzir recompensa, e muito, o tempo que ela não gastou voando.

Se a abelha achou a flor certa pra que ela vai perder tempo com outra?

E nós, amigos? Achamos nossa flor, nosso tesouro? O ideal de nossas vidas? Será que estamos dando o tempo devido que essa flor merece ou será que estamos voando pela vida afora, vivendo no mundo do superficial, do dinheiro, da futilidade?


“Não percamos tempo com outras coisas quando temos em mãos o que é sagrado pra nós”
(Pe. Fábio de Mello)

Você se lembra do seu retiro de Emaús? Se lembra na entrada em seu grupo de jovens? Sua primeira reunião, sobre o que era?

Que momento sagrado, não? Mas, assim como a abelha, a nossa produção de mel torna-se difícil. Ninguém disse que ia ser fácil!

Quantas vezes já não quisemos sair voando por aí, sem preocupações? Jogarmos tudo pro alto se tornaria tão conveniente, tão fácil! As vezes pensamos que não devemos dar o devido valor ao ideal de nossas vidas -aquele ideal que uma vez na vida tornamos sagrado- pois nos sentimos longe desse ideal.

Mas, meus amigos, é a beleza, a doçura desse nosso Mel, nosso Ideal que nos faz voltar!

Quão bom é dizer, e repetir: “O ideal de minha vida é esse Cristo! O Cara que sempre me faz voltar, que sempre está de braços abertos pra mim, o Cristo Misericordioso, que me ama tanto!”


Através da Eucaristia, Jesus Cristo que é o EMANUEL (Deus Conosco) entra em nós. Entra em nós não para nos julgar, nos reprimir. A Eucaristia nos faz voltar na vida. Ajuda a gente a entender a dor!

Lembram do Evangelho em que Jesus anda sobre as águas e Pedro vai até ele, mas começa a afundar? Pessoal, a cada Eucaristia somos Pedro! E Jesus vem nos dizer: “Meu amigo, você pode MUITO MAIS! Você não produziu ainda nem metade do mel que você é capaz!”

E assim, apoiados nesse Cristo Amigo que quer e, principalmente, SABE o que é melhor pra gente vamos tocando a vida!

Monsenhor querido, todos os Domingos temos cerca de vinte e poucos jovens que acharam o seu Ideal!

Agradeço a Deus por estar vivendo junto a essas pessoas todos os dias da minha vida. A maior recompensa que tenho é passar cada vez mais tempo Contigo, através deles!



No dia do Sagrado Coração de Jesus agradeço a Ti pelo fraterno grupo Sagrado Coração de Jesus!

Um excelente fim-de-semana!

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