quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sobre a Fé que remove montanhas

Augusto Comte, no século XIX, desenvolveu a teoria de uma ciência positiva, assim gerando o termo “Positivismo”. Segundo ele, a ciência deveria se preocupar somente com fatos, entidades observáveis e empirismo. Ou seja, tudo o que era explicado, por exemplo, por causa de coisas ditas divinas, não deveria ser considerado. 

O francês criou a Lei dos Três Estados, em que consistia numa certa “evolução” da maneira de pensar do ser-humano (onde, por fim, a pessoa conseguisse ter essa forma positivista de se pensar):

            1.Estado Teológico: Os pensamentos seriam ligados por idéias religiosas, sendo a sociedade uma expressão da vontade de Deus, buscando-se sempre o Absoluto para as respostas, ex: Buscar o “De onde venho, quem sou eu, pra onde vou?” com base em Deus;
            2.Estado Metafísico: Seria uma espécie de transição entre a Teologia e a Positividade, sendo a sociedade vista em termos mais naturais do que sobrenaturais;
            3.Estado Positivo: O último dos três, quando o ser-humano chegasse ao auge das suas idéias, agora nem 1% baseadas em Deus e fatos sobrenaturais, para a busca do relativo.
Sendo assim, pra ele a verdade do ser-humano não deveria ser aceita da forma divina de se pensar, se buscar.

Porém, como essa forma Positivista de se pensar ia combater as religiões, combater a fé? É aí que Comte se contradiz. Anos depois, ele simplesmente instituiu a chamada “Religião da Humanidade”, “...após a elaboração de sua filosofia, Comte concluiu que deveria criar uma nova religião: afinal, para ele, as religiões do passado eram apenas formas provisórias da única e verdadeira religião: a religião positiva.”

Devemos pensar: quem eram os que seguiam tamanhos absurdos? Com certeza, muitos. A própria bandeira de nosso país cita a “Ordem e Progresso” que fazia parte de um dos lemas de Augusto Comte.

Ficam perguntas: A teoria Positivista se desenvolveu? Cresceu de forma em que não temos mais fiéis, mais cristãos? Demos graças no nosso dia-a-dia a nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Deus ou a um dito Ser Supremo (a humanidade, segundo Comte)?

O padre João Mohana nos mostra em algumas palavras o por que de idéias como essa não produziram frutos o suficiente para que muitos homens substituam o que mais prezam: a fé em Cristo.



Segundo Mohana, as pessoas que não possuem Deus no coração, seja por negação ou por simples desconhecimento procurarão substituir Deus de todas as formas. “...Como isso é impossível tentarão inclusive por medidas imorais. Essas pessoas não vêem porque não tentar preencher aquele vazio com a esposa do amigo, com o marido da amiga.”

Portanto, na frustração religiosa as pessoas chegam a tentar o ódio, assim voltando com o coração cada vez menor e mais vazio. 

“O capitalismo materialista e o marxismo ateu, que absolutizam relativos, não dispõem de meios de solucionar essa frustração.”

Todo coração humano, seja meu, teu, do amigo, do vizinho, da mãe, do pai é como uma ovelha perdida no rebanho, que só encontra a verdadeira paz no Senhor. 

Citando a famosa passagem de “Lc 24”, enquanto estavam sem esperanças, não ardia o coração dos discípulos de Emaús quando encontraram Jesus, sem nem perceber quem era?

“A fé não torna o homem apenas íntegro. Torna o homem maduro. E faz isto não tanto por trazer uma resposta para o homem todo; mas sobretudo por trazer uma resposta para todos os homens.”

Nessa Páscoa, que o Cristo ressucitado faça aumentar a nossa fé para que busquemos cada vez mais o alto! 


 
Uma maravilhosa Semana Santa!

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